Nélio Moreira dos Santos, de 41 anos, morador na rua Antonio Nardi, no bairro San Francisco, em Itatiba, morreu depois de confronto com guardas municipais da cidade.
Nélio era suspeito de ter participado da tortura e tentativa de homicídio contra um guarda municipal que está internado na Santa Casa do município. O guarda Julimar teve várias partes do corpo quebradas, além de ter sofrido um tiro de arma de fogo na perna. A arma foi apreendida junto com uma mulher, acusada de participar do crime.
Como foi
Após receberem pela central de rádio informações de que Nélio era suspeito de participar do atentado contra a vida do guarda, duas equipes foram destacadas até o Bairro San Francisco, próximo a EMEB Prof Rosa Scavone, às 10 horas de terça-feira, dia 10.
Um dos guardas ficou no portão e o outro chamou por Nélio.
Ao ser avisado de que era a “Polícia”, ele reagiu com um tiro em direção à equipe.
Houve revide e Nélio pulou um muro, atravessando o telhado da casa vizinha.
Os guardas subiram no muro para ver como ele estava e foram “recebidos” à bala.
Segundo relato dos guardas municipais de Itatiba, eles passaram a disparar em direção de Nélio. Um deles deu cinco tiros e o outro mais três.
Ao cessarem os disparos vindos da parte debaixo, os guardas foram até a residência dos fundos e abriram o primeiro portão. No segundo portão, estava trancando e foi necessário arrombamento.
Quando os guardas viram Nélio caído no solo, ele ainda estava com a arma na mão – que foi retirada.
Ao constatarem que Nélio estava ferido, os guardas acionaram o Resgate da Prefeitura.
Os bombeiros prestaram os primeiros socorros e conduziram Nélio para a Santa Casa, onde chegou em óbito.
O delegado de Itatiba, Tiago Vieira Oliveira, foi até o local dos fatos e tirou fotos de todos os pontos descritos pelos guardas de como ocorreu a ação e concluiu que houve mesmo o enfrentamento, como descreveram os guardas.
O delegado anexou ao inquérito policial todas as fotos que fez no local para instruir o processo que será encaminhado ao Fórum.
O doutor Tiago também foi até o Pronto Socorro da Santa Casa, onde conversou com a equipe médica. Depois ele pediu a apreensão das armas para perícia da Polícia Científica e requisitou ao Instituto Médico Legal (IML) de Jundiaí a realização de exames de necropsia, para garantir a instrução do processo.