Entre 2007 e 2017, o número de empreendedores brasileiros cresceu 237%. Os números foram compilados pela pesquisa realizada pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), com a participação do Sebrae. Durante a crise e o desemprego, quem decide abrir o próprio negócio pode se dar bem. No entanto, nem todos os empresários geram empregos ou investem em negócios capazes de gerar postos de trabalho.
O Sebrae tem oferecido assessoria para quem deseja abrir negócio próprio, sem correr riscos de se endividar ainda mais.
Exemplos de sucesso
Um dos casos de sucesso é de Afonso Natal Neto, um dos sócios do curitibano Sirène ao lado do advogado Lucas Lopes Muller, do administrador Alexandre Lopes e do fotógrafo Raphael Umbelino, de 31 anos.
Ele montou uma rede que vendeu 70 mil porções de fish & chips (foto) e faturou R$ 3,2 milhões em 2018.
Vindo de uma família que trabalhou em livrarias, o advogado Afonso Natal Neto alugou o imóvel onde está localizada a primeira unidade do Sirène para abrir uma livraria jurídica e um café. Um imprevisto – a desistência da sua mãe da sociedade – e uma viagem à Austrália mudaram o seu destino.
“Pensei: vou abrir um bar. Ele precisava de um diferencial. Como estava na Austrália, fui ver o que tinha de diferente por lá e, por ser uma colônia inglesa, rolava muito fish & chips”, conta o advogado.
Foram 7 meses até tirar a ideia do papel. Em janeiro de 2016, o Sirène abriu as suas portas. Em 2018, a rede comercializou 25 toneladas de batata, 15 toneladas de peixe em suas 70 mil porções, 6 mil unidades do sandufish e mais de 70 mil litros de chopp.
“Somos filhos da crise. Entramos com um produto novo no mercado baseado em três pilares: preço justo – nem caro nem barato –, produto de qualidade e excelente atendimento”, relata Afonso, que hoje se dedica ao empreendimento com unidades espalhadas pelos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal.
A mudança radical de vida também entrou no histórico do jornalista Daniel Mocellin. Em 2015, ele resolveu largar a profissão para abrir uma hamburgueria de rua: WhataFuck.
A ousadia deu certo e em 2018 seu empreendimento comercializou, em média, 30 mil hambúrgueres e mais de 8 mil litros de chope artesanal por mês na capital paranaense. Tudo isso em duas unidades que juntas somam 52m².
Com o sucesso, a rede inaugurou sua terceira loja na cidade no último mês de fevereiro e se consolidou como a maior hamburgueria artesanal do Estado do Paraná.Marcelo Franck, do Franck’s Ultra Coffee, é outro case de sucesso.
Formado em Direito, trabalhou por duas décadas na área de Tecnologia da Informação antes de abrir o seu negócio, em janeiro de 2018. Atualmente, a rede fornece cafés maturados em barris de destilados para pelo menos 30 receitas de cervejas, conta com 20 pontos de vendas no país e planeja abrir sua segunda loja física em Curitiba.
Da obrigação para o prazer
Com duas décadas no mundo corporativo, o barista Marcelo Franck sentiu na pele o estresse causado pelas cobranças e pressões. “Eu achava que estava resolvendo os problemas das pessoas e só recebia ligações com mais problemas”, conta.
Como o café já era um hobby em sua vida, ele passou a levá-lo mais a sério, com cursos no fim de semana, formações mais aprofundadas – como a do Coffee Lab, em São Paulo –, além de buscar mais informações e referências em viagens internacionais.
“Na Dinamarca, eu descobri os cafés maturados em barris. Percebi que isso não havia no Brasil e comecei a fazer. Depois, viajei pelas duas costas dos Estados Unidos para conhecer mais. O mundo da cervejaria artesanal comprou a ideia e, a partir disso, foi se disseminando. Meus clientes, em 95% dos casos, chegam até mim pelo boca a boca”, relata.
Franck diz que só percebeu que havia migrado da pressão que sentia para dar prazer em um segundo momento.
“Abri o Instagram e vi uma desconhecida falando sobre o prazer que o café tinha proporcionado a ela. Aí eu percebi que não tinha mais volta”, completa o empresário.
Quer uma consultoria para abrir negócio?
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Endereço: R. 23 de Maio, 41 – Vianelo, Jundiaí
Horário: De segunda a sexta das 9 às 16 horas
Telefone: (11) 4523-4470