Uma onda que surgiu nos Estados Unidos, do palhaço macabro nas ruas, à noite, tem deixado a população em pânico. Em Itupeva, um “engraçadinho” tirou fotos no Portal da Cidade. Em Sorocaba um palhaço realizou assalto. Para Jundiaí, um grupo anunciou que os palhaços vão sair nas ruas da cidade neste sábado, justamente na noite em que ocorre um baile à fantasia na sede de campo do Grêmio CP.
Os palhaços Rick e Kelly estão chateados com a brincadeira. “Infelizmente tem pessoas que não respeitam a profissão dos outros. Como aconteceu certa vez sobre a Kombi dos palhaços assassinos. Isso atrapalha demais, pois tem pessoas que tem medo da palavra ‘palhaço'”.
Rick e Kelly suspenderam apresentações do Halloween, justamente temendo a má repercussão dessa onda. “Temos medo de apanhar nas ruas”, comentou o casal.
“Esperamos que a Polícia tome suas devidas providências, para que um boato não se transforme em fatalidade”, disse Kelly.
Polícia monitora
A Polícia Militar está monitorando os grupos que anunciam ações dos palhaços. Se em determinado momento for identificada perturbação da ordem ou algum delito, haverá prisões e encaminhamento para a Delegacia da Polícia Civil. No Japão, um homem que fez “pegadinha” acabou morto por uma pessoa que estava armada com revólver.
Orientação para as mães
A psicóloga Juliana Romêra, que possui consultório no Edifício Golden – ao lado do Cartório Mais e do Hospital Santa Elisa, na Chácara Urbana, em Jundiaí, disse que não é só de palhaços que os pais devem se preocupar.
Juliana, que é especialista em atendimento de crianças, comentou que há muita gente mal intencionada nesse mundo e os pais devem orientar os filhos que, da mesma forma que existem pessoas boas, há as más, que querem se aproveitar da ingenuidade. Algumas crianças não querem sair de casa, com medo dos palhaços.
Juliana disse que antigamente, sem a internet, havia o medo do “homem do saco”. As crianças corriam para dentro de casa e qualquer homem que passasse na porta de casa já era motivo de medo. Ela acredita que a onda vai passar. Mas nesse momento o diálogo é a melhor solução.
A psicóloga diz que os pais devem dar orientações nessa hora, para tranquilizar os filhos.